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BIC BANCO
ARQUITETURA & DESIGN DE INTERIORES

O escopo do projeto envolveu a reforma de uma parte do quarto andar e todo o quinto andar, com 2300m², de um edifício na zona sul da cidade de São Paulo.

O escritório ganhou a concorrência para este programa no momento em que apresentou duas soluções: a instalação arquitetônica de Erwin Hauer, obra de arte do artista plástico austríaco e uma malha metálica de aço inox importada que organiza todo o núcleo.

Essas escolhas encontraram ressonância profundas em ambas as partes: o escritório há muito queria trabalhar com Hauer e o cliente tinha o desejo de pontuar o projeto de forma especial.

O percurso arquitetônico foi pensado da seguinte maneira: o acesso é feito pela recepção principal, localizada no quarto andar. De lá o visitante é encaminhado a um elevador privativo ou escada helicoidal de madeira cuja laje foi furada para permitir este novo fluxo, passando a acessar as salas de atendimento, reunião, diretoria, presidência e lounge.

Pontuando este percurso em dois momentos, a obra de Hauer, composta por uma trama tridimensional, formada por planos entrelaçados, é feita por modelos que se encaixam, passando a sensação de fluidez, e é o reflexo puro da obsessão do artista pela continuidade. Este modelo, o Design 105 de 1956, tinha sido utilizado em outros espaços como um colégio, banco e aeroporto, mas para cada novo projeto, uma escala específica é definida.

As peças de material cimentício branco vieram do atelier do artista nos Estados Unidos foram montadas por uma equipe local no próprio banco. Este painel complexo transforma a tanto a luz que a parede passa a irradiar mais do que uma parede plana.

Cada módulo possui 20 x 20cm e cada painel tem 10,97 x 2,44m e 6,9 x 2,44m.

Um painel foi implantado atrás da recepção principal do quarto andar, separando as áreas administrativas e o segundo painel, no quinto andar, fica entre a bancada das secretárias e a grande sala dos diretores e presidente. Ambos permitem a circulação do ar e da luz.

Já a malha metálica, que reveste o núcleo do espaço, é tipo escama de peixe de bronze anodizado e foi desenvolvida especialmente para o projeto. A malha foi utilizada em todo o miolo do andar, que geralmente é revestido com pintura e madeira. Esta cor bronze também está presente nos puxadores, esquadrias, divisórias e no piso de limestone tom sobre tom.

O arremate de cada parede de vidro, inclusive na instalação de Hauer, foi feito através de um pórtico contínuo de mármore, que pode ser considerado como o terceiro material de destaque do projeto, envolvendo os montantes no piso, lateral e teto. Assim as salas ficam encaixadas no corredor harmonicamente.

A praça de 1000m², um grande terraço para receber os clientes, recebeu um bar com cobertura metálica, possui espelho d’água retangular e o perímetro foi preenchido com jardineiras.

 
 

São Paulo | 2010 | 900 m²
Kiko Salomão Arquitetura

Luminotécnica: Mingrone
Elétrica | Hidráulica: Grau Engenharia
Fotografias: Fran Parente
Texto: Manuel Sá

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